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MERCADO LIVRE INICIA CAMPANHA CONTRA AUMENTO DE 51% NOS PREÇOS DOS CORREIOS-28/02/2018


Para o dia 6 de março, os Correios estão preparando uma entrega que ninguém quer receber: um aumento abusivo no frete que pode chegar a até 51% para compras e vendas realizadas pela internet, impactando um dos poucos setores que registram crescimento contínuo, ano após ano, no Brasil – o comércio eletrônico.


Mas se a inflação do último ano foi em torno de 3%, como pode o aumento da taxa de entrega chegar a ser até dezessete vezes maior? Para dar uma ideia do abuso, este aumento fará o frete brasileiro ser 42% mais caro do que o da Argentina, 160% mais caro do que do México e 282% mais caro do que o da Colômbia (países em que o Mercado Livre também opera).

Por que o reajuste abusivo vai prejudicar principalmente o pequeno e médio empreendedor?
Queda nas vendas devido ao frete mais caro: a loja que escolher repassar o valor do frete ao consumidor vai ver suas vendas caírem;
Aumento do custo para oferecer frete grátis: o vendedor que optar por subsidiar o frete terá um aumento médio em suas despesas com logística de 29%;
Vender para fora dos grandes centros será ainda mais caro: os valores de frete para enviar uma encomenda de um estado para outro já são altíssimos – e vão ficar ainda mais altos. O aumento máximo do frete acontecerá justamente para vendedores que moram ou atendem clientes fora dos grandes centros, podendo chegar a 51%. Quer um exemplo? O valor de frete de um produto enviado de São Paulo para Joinville, que hoje custa cerca de R$ 40,00, passará a ser R$ 57,00;
Taxa extra para cidades classificadas como áreas de risco: além do aumento no valor do frete, enviar para cidades como o Rio de Janeiro, por exemplo, ainda terá uma tarifa adicional de R$ 3,00 por pacote despachado.
E os impactos para o consumidor?
Comprar ficará mais caro: o valor do frete afetará o total da compra, quanto maior o frete, maior o custo;
Consumidores fora dos grandes centros pagarão ainda mais: os fretes interestaduais terão o maior aumento, afetando, principalmente, a vida de consumidores que usam o comércio eletrônico como alternativa à falta de opções do varejo local;
Quem mora em cidades classificadas como áreas de risco pagará mais caro: compradores dessas localidades poderão ter as tarifas extras de envios somadas ao valor de suas compras.
Você lembra do fim do e-Sedex?
Esta não é a primeira vez que os Correios impõem condições desfavoráveis aos usuários do comércio eletrônico. Em 2017, a companhia descontinuou a modalidade e-Sedex, que permitia entrega rápida a um preço acessível, restando apenas as opções menos atrativas para o consumidor final.


Ao escolher repassar os custos da sua ineficiência operacional, os Correios – líder na entrega de encomendas no e-commerce – figuram como principal responsável por prejudicar significativamente a evolução do segmento. Um retrocesso que impacta diretamente os pequenos e médios empreendedores, importante fonte geradora de empregos no Brasil. Só no Mercado Livre, mais de 110 mil famílias têm as vendas no marketplace como sua principal fonte de renda. Além disso, essa medida vai prejudicar os mais de 50 milhões de consumidores que compram online no Brasil – principalmente aqueles que vivem em áreas distantes dos grandes centros. Para eles, o comércio eletrônico é muito mais do que uma comodidade. É uma necessidade.


Se o número de pessoas atingidas é grande, o barulho também deve ser. Utilize a hashtag #FreteAbusivoNão em suas redes sociais. Espalhe no Facebook, Twitter, Whatsapp. Conte aos seus familiares e amigos. Apenas mostrando a insatisfação é possível pressionar os Correios a voltarem atrás neste aumento abusivo.


Afinal, um comércio livre na internet só pode acontecer se o frete for justo. #FreteAbusivoNão
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